Wednesday, July 11, 2007

 

As mulheres sustentam metade do céu ...







Género e Desenvolvimento

“As mulheres sustentam metade do céu”
Adágio chinês

Mulher e pobreza

Em 2007, 70% dos 1,3 mil milhões de pobres no mundo – aqueles que sobrevivem com o equivalente a menos de 1 dólar por dia – são mulheres.

São vítimas de discriminação e ainda têm limitações com relação ao acesso à terra, ao crédito, à educação, a uma adequada capacitação tecnológica, para além de receberem menos do que os homens por tarefas idênticas; são as últimas a serem contratadas e as primeiras a perderem seus empregos.
As mulheres são as mais expostas à pobreza, à doença, às epidemias e às dificuldades de acesso à educação e à formação.
Mutilações genitais: apesar de múltiplos esforços legislativos, dois milhões de meninas, por ano, são submetidas a mutilações.
Quatro milhões de mulheres e meninas são vendidas a cada ano para fins de prostituição, escravidão doméstica ou casamento forçado.
- Por cada 100 meninos que não frequentam a escola primária, registam-se 115 meninas com idêntico problema. As mulheres representam 67% das pessoas analfabetas
- 583 Milhões de mulheres são iletradas.
Fontes: OIT, UNICEF e Social Watch

Mulher e microcrédito
O Microcrédito é instrumento crucial para aumentar a produtividade do trabalho e o rendimento, mitigando a pobreza entre os pequenos produtores, em especial entre as mulheres que trabalham de forma autônoma, por conta própria ou como microempresárias.
Na América Latina, entre os mais de 54,8 Milhões de clientes mais pobres que tiveram acesso ao microcrédito em 2003, mais de 80% são mulheres.
A microfinança revelou-se assim um instrumento que permite às mulheres saírem da pobreza e da vulnerabilidade e, fundamentalmente, reforçarem o seu poder de acção: melhoramento imediato dos níveis de saúde das suas famílias, diminuição da violência doméstica, aumento da taxa de escolaridade das crianças.


Valor social do trabalho da mulher

Hoje em dia, as mulheres representam mais de 40% da população activa mundial. Cerca de 70% das mulheres nos países desenvolvidos e 60% nos países em vias de desenvolvimento estão empregadas.

Apesar de uma pequena minoria ascender a empregos em sectores que pagam melhores salários, a imensa maioria das mulheres trabalhadoras continua a trabalhar em empregos mal remunerados. Mais, as mulheres não recebem um pagamento idêntico aos dos homens mesmo quando exercem o mesmo trabalho.

Os governos devem tomar medidas legislativas, financeiras e administrativas para criar um ambiente sólido que favoreça o empreendedorismo feminino e a participação da mulher no mercado de trabalho.

Nas áreas urbanas dos países em desenvolvimento as mulheres despendem 7% mais tempo em actividades laborais remuneradas e não remuneradas do que os homens, e 20% mais nas áreas rurais. As mulheres, particularmente na África Sub-sahariana e no Sul da Ásia, despendem uma parte considerável do seu tempo em tarefas essenciais mas não remuneradas, tais como recolher água e lenha, agricultura de subsistência e cuidado dos filhos.

O tempo e esforço dispendido nestas tarefas poderia ser facilmente reduzido com a introdução de melhorias ao nível do abastecimento de água potável, a utilização de fornos mais eficientes e acesso a meios de transporte baratos.

Fonte: OIT, PNUD e Social Watch


Igualdade de género

- Dos mais de 190 países do mundo, só 6,3% têm uma mulher Chefe-de-Estado e apenas 16,6% dos legisladores são mulheres.
- Em todo o mundo, as mulheres ganham, em média, dois terços da remuneração dos homens.

- As mulheres constituem a maioria dos trabalhadores a tempo parcial no mundo – entre 60% a 90%. Na União Europeia, 83% dos trabalhadores a tempo parcial são mulheres.

- Nalguns países da África Sub-sahariana, a maior parte da força laboral feminina está no sector informal; por exemplo, 97% no Benin, 95% no Chade, 85% na Guiné e 83% no Quénia.

Fonte: OIT e Social Watch





Direito à saúde

Em cada ano, 500.000 mulheres morrem devido a complicações durante a gravidez e 100.000 morrem ao abortar em condições de insegurança.
. No momento presente, as mulheres representam 40% dos adultos que vivem com SIDA;
. Uma mulher grávida em África tem 180 vezes maiores probabilidades de morrer do que uma mulher grávida na Europa ocidental;
. Na Etiópia uma mulher em cada sete morre durante a gravidez ou no parto;
. Em cada dia 1.440 mulheres morrem durante o parto, prefigurando uma média de uma por minuto;
. Por cada caso de mortalidade materna em Espanha, 182 mães morrem nos Camarões, 200 no Niger e 425 em Angola.

A vida de muitas dessas mulheres poderia ser salva caso tivessem acesso a serviços de cuidados básicos de saúde, inclusive pessoal habilitado em todos os partos e cuidados obstétricos de emergência para aquelas que apresentam complicações.

Fonte: UNICEF, Social Watch e PNUD (2005)

A OIKOS precisa de voluntários para traduzir este texto para Inglês.

Comments:
Você, sempre em cima de notícias que nos deviam interessar a todos, homens e mulheres.
Já tinha tomado conhecimento deste flagelo através de informações do FNUAP.
Muita coisa tem de ser feita e o mais rápido possível mas teremos que ser nós mulheres a lutar por tudo aquilo a que temos direito.
Claro que é sabido que uma mulher
tem que ser muito melhor do que o homem para chegar a determinados cargos, sobretudo de chefia.

É que eles, coitadinhos, não gostam de ser dirigidos por mulheres. Eu dava-lhes o gosto.

Depois vêm os problemas familiares que estão normalmente nas costas das mulheres. E ainda se admiram que a população esteja a diminuir.

Beijocas.
 
ora bem ! gosto de te ouvir falar assim , melguinha.
São as Mulheres que têm de resolver os seus próprios problemas e deixar de empurrar para cima dos outros e dizer q a culpa é daqui e dacolá.

A culpa é exclusivamente das mulheres : porque calaram , porque aceitaram , porque não impediram.... e isto vem-se perpetuando há várias gerações. Nem sempre foi assim.
A população vai continuar a diminuir - nenhuma mulher está mais disposta a engravidar sucessivamente e a pôr no mundo 10 ou 12 filhos, como em gerações anteriores. As mulheres não se realizam apenas e só pela maternidade e pelas lides caseiras e preparo das refeições. Há muito mais a fazer. A nossa perspectiva, o modo de liderarmos, de gerirmos a sociedade tem um alcance muito vasto por isso essa liderança nos foi retirada numa certa fase e durante alguns séculos.
Mas nunca e tarde para reocuparmos o nosso lugar.

Um beijo para ti
 
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