Monday, March 03, 2008

 

Semana da Mulher 3 - Marie Curie



Marie Curie nasceu em Varsóvia, capital da Polônia, com o nome de Maria Sklodowska. Seu pai era físico e a mãe, que cedo morreria, era diretora de um colégio.Em 1891, mudou-se para França, onde dois de seus irmãos já se encontravam . Para (sobre)viver, trabalhou como preceptora, só indo inscrever-se na Faculdade de Ciências da Sorbonne, em Paris, no mês de julho de 1896, aos 28 anos, ficando em 1° lugar nos exames. Lá obteve os graus de bacharel em Física e Matemática. Viveu com poucos recursos, chegando, certa vez, a desmaiar de fome durante a aula.
Quatro anos depois, casou-se com o químico Pierre Curie (optaram por realizar apenas a cerimônia civil e dispensaram também as alianças e o vestido de noiva. Em vez disso, preferiram adquirir duas bicicletas para passear).

O trabalho do casal Curie foi sendo gradualmente reconhecido, e já em 1900 eles eram considerados como os mais importantes pesquisadores nessa área. Em 1903, enfim, Maria Curie defendeu a sua tese de doutoramento em física na Sorbonne, e foi aprovada com distinção e louvor. Em dezembro do mesmo ano, o casal Curie recebeu o reconhecimento internacional pelo seu trabalho, ganhando o prêmio Nobel de física, pela descoberta do polônio e do rádio .
O prémio Nobel da Química foi-lhe atribuído em 1911, no mesmo ano em que a Academia de Ciências de Paris a rejeitou para sócia, após uma votação ganha por Edouard Branly, tendo perdido a admissão apenas por um voto.Foi a primeira pessoa a receber dois Prêmios Nobel em áreas cientificas.
Em 1906, sucedeu ao seu marido na cadeira de Física Geral, na Sorbonne, sendo a primeira mulher a lecionar nessa Universidade.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Curie propôs o uso da radiografia móvel para o tratamento de soldados feridos. Em 1921 visitou os Estados Unidos, onde foi recebida triunfalmente. O motivo da viagem era arrecadar fundos para a pesquisa. Nos seus últimos anos foi assediada por muitos físicos e produtores de cosméticos, que usavam material radioativo sem precauções.Foi ainda a fundadora do Instituto do Rádio, em Paris, onde se formaram cientistas de importância reconhecida. Em 1922 tornou-se membro associado livre da Academia de Medicina.
No final da vida, dedicou-se a supervisionar o Instituto do Rádio, organização para estudos e trabalhos com radioatividade, sediado em Paris. Faleceu em 1934 com leucemia, adquirida pela excessiva exposição à radioatividade.


“ Se as conquistas úteis à humanidade vos comovem; se ficais pasmados diante da telegrafia elétrica, da fotografia, da anestesia, e de tantas outras descobertas; se estais orgulhosos e conscientes da parte que cabe ao vosso país na conquista dessas maravilhas, tomai interesse, eu vos conjuro, por esses recintos sagrados que chamamos de laboratórios. Façais o possível para que eles se multipliquem. Eles representam os templos do futuro, da riqueza e do bem-estar social. É por intermédio deles que a humanidade melhora e cresce. É neles que o homem aprende a ler os segredos da natureza e da harmonia universal, enquanto as obras do homem são quase sempre obras de barbárie, de fanatismo e de destruição...”

(Madame Curie, em seu discurso quando da inauguração do Institutode Radium, em Paris, julho de 1914, início da 1ª Guerra Mundial).

Comments:
Vicki:
Muy buenos tus últimos post, recordando la importancia de la mujer en la historia!
Todas las semanas y todos los días debemos recordarlo.
Beijos!
 
Uma mulher iluminada, que viveu as potencialidades do seu tempo ao máximo... Gosto muito dela.
Beijinhos para ti
 
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